A mudança de patamar do câmbio, com uma desvalorização acentuada do real, abre nova perspectiva para o comércio exterior do brasileiro.
A melhora da balança comercial, vem ocorrendo com a queda drástica das importações e pode significar um respiro para a economia brasileira diante do enfraquecimento do mercado interno.
O superávit de US$ 19,681 bilhões em 2015 foi o melhor desde 2011 e ficou acima do esperado, embora o número tenha sido impulsionado pela forte queda nas importações.
Ainda que tímidos, os efeitos da valorização do dólar ante o real já começam a se materializar em novas estratégias para as empresas, sobretudo do setor industrial. Com o novo patamar do câmbio, as empresas exportadoras esperam reconquistar e ampliar mercado externo.
"O câmbio pode ser uma válvula de escape no curto prazo", afirma Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. "O Brasil já teve essa válvula de escape mais forte no período em que tinha uma penetração em mercado externo maior."
Importação
A desvalorização do real também tem levado ao aumento da nacionalização das matérias-primas e insumos que abastecem a cadeia da indústria.
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a participação de insumos importados recuou para 23,5% no terceiro trimestre do ano passado, nível mais baixo desde os três primeiros meses de 2014.
"Esse processo está ocorrendo, mas as estatísticas mostram que ainda é bastante devagar", afirma Flávio Castelo Branco, gerente executivo de política econômica da CNI.
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